Afaníase

matraga poesias fevereiro 7, 2018

Eu cavo
cavaco
seus ôcos.
Faço buraco
na busca
do que
não sei
nem saber
o que é.
Eu fuço
focinho
suas parte
molhadas,
mergulho no lodo
mergulho eu todo
na lama clara
que sua cavidade
destila.
Eu inspiro
e suspiro
por entre
os dentes
gemidos loucos
roucos
sofreguidão…
Eu quero
não posso,
te toco
me acendo,
te tenho
na palma
da mão.
O fogo não
passa
grassa
assa
agoniza
e consome
solidão.