No palácio reina o ditador
geme no planalto a flor de concreto.
O cerrado nunca dantes navegado
se estremece em sua nudez descoberto.
Nos versos minha conspiração de poeta.
Distante, a revolta, no calor do povo, transpira.
Aqui o poder tem o seu lugar
paletós de chapas brancas
burocratas de gravatas
atam e matam por decreto,
o novo: o louco criar de um povo.