Enigma lunar

matraga poesias fevereiro 7, 2018

No canto esquerdo do seu sorriso
Bem abaixo dos seus olhos doces
Flagrei em detalhes, a minha tragédia:

Tu que não sabes ou dizes não saber
Se o amor que por mim, tu sentes
é forte verdadeiro e bom,
me envias em cada detalhe
do teu rosto que me fita com doçura
um apelo para que eu creia
nos contos da lua cheia
que teima em nos alumiar.

Como a lua, tens dupla mensagem.
E se, com a boca pedes que me vá,
em alegações tão pueris,
quando me fitas com tanto carinho
me sinto um pássaro no ninho
que se recusa a voar.
Nisso és como a lua cheia
Que teima em nos alumiar:
tanto encanta por brilhar
mas tem em sua luz fria
pouca coisa para contar
Em que devo eu, acreditar?