Em pêlo me conduzes
na pele pura, suas coxas
quadris, me ofereço
ao galope, cega cegueira,
do seu corpo feminino.
Amazona dos abismos
Dos precipícios, das bordas .
mais frágeis , montas
minha alma ,cavalga-me
por baixo, por cima
acoplada ao meu sexo.
Fustigas o que não trago
mais em mim,
e domas, alucinada, perplexa,
sem força, sem fôlego,
o tempo e o espaço
onde tudo vai se fundir.
A tua boca crispada,
O teu cabelo ao vento,
teu grunhido selvagem
de mim retira e suspende
toda oposição que sustenta
corcoveios, voltas, volteios
toda rebeldia e toda
obediência.
Minha carne, domada,
conquistada
Se faz mansa no compasso
dos ventos do teu olhar…
Guerreira triunfas e
ao teu gosto, a trote,
me tens.
Me fazes doce, dulcíssimo
monumento equestre
animal vencido,
todo seu.
Ao qual ditas, generalíssima,
ordens derradeiras
num ocaso, gemido final.