“bóia farol meta em desespero tudo puxa para o fundo dos abismos
o mais banal dos instintos rege por total o ser salvar-se para encontrar
ponto de apoio sobre-viver emerso ao custo do assassinato do poema
quem se importa fazer da palavra poema coisa tão banal constranger as musas
deixar em maus lençóis a poesia tratá-la sem pudor mero suporte socorro coisa palavra
impura usada nos ritmos cardíacos renais venais do corpo em
desespero que não quer morrer: legitima defesa do gosto gorduroso da vida”