Foi você quem me deu identidade
Nas bombas, no gás , nos cães amestrados.
Na correria desordenada de nossa juventude
esperada/espancada.
È você que detém cativos
em seus armários arquivos,
os dez dedos de minha mão.
Sob custodia de suas armas
seus homens/soldados e carburão.
E você responsável pela minha
nossa crônica insegurança de povo,
que a seu bel prazer transformas (como bruxa)
em bandidos suspeitos e vilões.
Do seu corpo podre exala
o mau cheiro dos seus órgãos
suas celas, seus porões.
Onde espancastes, torturastes e matastes
o homem e a liberdade.
Por isto, eu te prometo, serás o primeiro
prédio a ruir.
teus arquivos serão queimados,
as fotos e digitais pelas janelas lançadas
grades, correntes e cadeados estraçalhados
Num dia que vai chegar,
isto eu te prometo:
Não perdes por esperar!